segunda-feira, 3 de março de 2014

Um mar, meu mar, o todo, inteiro, partido e completamente turvo para clarear

"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais"

 

Eu já quis saber tudo, já pensei em desvendar o mundo... hoje sei o absurdo que é isso, pois mesmo que eu tivesse dez vidas é bem provável que eu não conseguisse conhecer tudo o que sonhei um dia...
Quando era menor eu só pensava em aprender um pouco a cada dia, fazer minha mãe orgulhosa e ler quando pudesse...
Descobri os brinquedos... quis brincar o tempo todo e ainda fazer tudo o que queria antes... a TV veio ao mesmo tempo e se integrou...
Descobri livros mais complexos e se integraram também...
Descobri conhecimentos diversos, como os animais e mecanismos da vida... substituiu os livros e o orgulho da minha mãe em algum momento que não sei qual deixou de ser preocupação íntima e virou algo a mais por que tudo que eu fazia a dava orgulho...
Descobri a matemática e me apaixonei por esta belezura...
Descobri uma mulher, mas ela não me descobriu...
Descobri a Química e me impressionei ainda mais...
Tudo continuou por complementar-se...
Descobri uma paixão imane pela Biologia, pela Química e pela vida(humana, especialmente) e decidi ser médico...
Percebi o tempo que levaria...
Cada pedaço que se formava na minha mente era um círculo, uma fonte que despejava suas águas transbordando numa fonte maior, sempre, sempre e cada vez mais...
Descobri minha Mesopotâmia mental...
Descobri outra ainda, mas ela confusa me confundiu, mas agradeço por ter me ensinado boas coisas...
Descobri a música real...
Descobri o amor, minha flor, um amor que me mudou sem me mudar...
Descobri a alegria, a sabedoria e a satisfação de cada dia mais saber que nunca vou conhecer tudo, mas devo aprender tudo que gostar, já que após a morte, provavelmente, não devo conseguir aprender muitas coisas...
O aprendizado é eterno, mas não me desencoraja em nada já que sei que tenho muito a aprender ainda antes que de nada valha tudo o que não desaprendi em vida... Pensamentos... me vêm, me vão, dizem adeus sem paixão, mas logo voltam apenas para que eu continue a caminhar, caminhar pelo meu mar psicodélico, um mar que entendo, mas não compreendo em totalidade nem espero compreender.

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